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segunda-feira, 18 de março de 2013

A migração nordestina para o Estado de São Paulo


Histórico
A migração nordestina para o Estado de São Paulo, especialmente para a capital, foi um fenômeno social marcante na história deste povo ao longo do século XX, sobretudo na década de 1930, quando o número de estrangeiros vindos para São Paulo foi superado pela migração nacional, dos quais, a maioria era nordestina. Na primeira metade de 1950, durante o governo Getúlio Vargas, a migração nordestina se intensificou, considerando que à época, São Paulo estava em um acelerado processo de desenvolvimento econômico industrial, em contraposição ao nordeste, que ainda estava em situação econômica precária. Tratava-se de uma economia estagnada, com uma agricultura pouco diversificada, grandes latifundiários, concentração de renda e indústria pouco diversificada e com baixa produtividade. Outro fator a ser considerado era o clima da região que não favorecia o plantio e proporcionava longos períodos de estiagem.

Estas características acentuavam as desigualdades regionais, o que criou um cenário propício ao êxodo desta população em direção a São Paulo que, por sua vez, precisava de mão-de-obra para seu desenvolvimento. Muitos nordestinos migraram não apenas para os campos paulistas, mas principalmente para os conglomerados urbanos, o que fomentou, principalmente na capital, rótulos e preconceitos em relação aos migrantes nordestinos. Isto configura a discriminação por origem que foi o alicerce para a criação deste conselho instituído como Conselho de Participação e Desenvolvimento da Comunidade Nordestina.

Esta discriminação incomodava os idealizadores deste projeto, pois se configurava como algo agressivo para a comunidade e como algo intolerável em uma sociedade globalizada. Segundo eles, havia falta de informação das pessoas em relação ao nordestino e que, por conseqüência disso não valorizavam sua cultura.

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